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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Então, eu li "A garota que podia voar"

Esse livro não é muito popular. Conheci ele passando o olho num catálogo da Saraiva, jogado bem no canto da página. "A garota que podia voar". Sem dúvida, é um dos melhores livros que alguém poderia ler.
Esse livro, simplesmente, me surpreendeu. Normalmente, quem o pega, pensa que só mais uma simples história infantil, e de fato, essa pessoa está completamente enganada. 
Ele conta a história de uma garota que vive no Condado de Lowland. Piper, uma garota diferente de todas as outras. Ela era a garota que podia voar.
Seus pais, simples fazendeiros que conservavam os costumes familiares, quando se deparam com sua filha flutuando no ar, precisaram tomar medidas drásticas para suas vidas. Como todas as pessoas do condado de Lowland eram muito religiosas, os pais de Piper encararam o estranho dom de Piper como se fosse uma maldição, fazendo com que a filha tome o máximo de distancia das outras pessoas, para que elas jamais descubram o seu segredo, e não à tratem como um demônio.
Como era sua paixão, Piper não podia evitar de voar. Voar era tudo para ela, e seu sonho era rodar todo mundo com o seu voo. E por conta da opinião dos outros, ela tinha que fazer isso escondida. Imagina o que aconteceria se alguém descobrir que ela é capaz de fazer algo anormal, que nenhuma outra criança pode fazer?
Então, numa festa de 4 de Julho, frustrada, Piper se descontrola, e acaba revelando a todos seu segredo. No dia seguinte, sua casa está cheia de repórteres e os vizinhos com medo de seus filhos brincarem com Piper, com medo, por ela ser diferente.
Para sua salvação, a Doutora Letitia Hellion surge em sua casa e a salva da mídia. Ela leva Piper para o I.N.S.A.N.O., um instituto que estuda seres com dons especiais. Tudo lá parece muito perfeito, e todos os alunos do instituto (também com dons) também acham isso. Bem, quase todos. Conrad, um garoto super inteligente, que vive pegando no pé dos alunos do instituto, inclusive no de Piper, acha que há algo de errado com o lugar, e então, junto a Piper, ele bola um plano para salvar a vida de seus colegas. E assim, juntos descobrirão a verdadeira missão do I.N.S.A.N.O.
O livro é engraçado, pois, ele não é infantil, como parece. Ele é algo mais juvenil, porque tem temáticas um pouco mais maduras, e de difícil compreensão para crianças. O livro fala de pessoas que usam o nome de Deus para coisas erradas, um pouco sobre religião, aceitação as diferenças, relação familiar, etc. Coisas que crianças dificilmente compreenderão.
Eu, sinceramente, não gostei do formato do livro. Ele parece livro de inglês de escola, e vi que não fui o único a reparar nisso. Muitas pessoas falaram o mesmo na internet. Tipo... folhas brancas brilhantes, meio
que parece plástico, e tem um formato não muito convencional em relação à outros livros.
Tirando a parte da estética do livro, ele é perfeito! Faz o leitor refletir sobre questões da vida, intriga eles com uma boa dose de suspense, sentir o que os personagens sentem, e com uma narrativa bem trabalhada.
Victoria Forester está de parabéns! É uma ótima escritora, e espero que essa história tenha continuação, porque os personagens são apaixonantes, e quando o livro acaba, meio que dá um vazio.

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